IPSS — CNIS e governo adiam negociações (5/mar)
18 de março de 2025
Sindicatos e Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) reuniram para negociar o contrato coletivo de trabalho (CCT) dos trabalhadores das IPSS (5/mar). Na reunião, ficou a saber-se que o governo continua a dificultar o aumento dos apoios às instituições. Ficou marcada nova reunião para 26 de março, onde a CNIS ficou de apresentar uma contraproposta e os Sindicatos a afirmarem que não dispensam nenhuma forma de luta!
Em comunicado conjunto, os Sindicatos recordam que, no dia 13 de novembro de 2024, entregaram à CNIS uma proposta de revisão do CCT para 2025. Ao silêncio da CNIS, responderam com uma greve expressiva e uma manifestação, com concentração em frente à sede da CNIS, no Porto (22/jan). Nesse dia, os Sindicatos foram recebidos pelo presidente da CNIS, que informou da perspetiva da assinatura dos protocolos de cooperação com o governo, até 15 de fevereiro.
Nova reunião no dia 5 de março e o cenário repetiu-se: ainda não havia acordo com o governo. Mais uma vez, e apesar das declarações vazias do primeiro-ministro, este governo continua sem cumprir os compromissos assumidos com os trabalhadores do setor social. Na reunião, a CNIS prometeu enviar uma proposta para a atualização do CCT nas próximas duas semanas, pelo que ficou marcada nova reunião para 26 de março.
Na proposta dos Sindicatos exige-se aumentos salariais que garantam uma vida digna para os trabalhadores, retirando-os do salário mínimo nacional, tal como ficou claro na greve de 22 de janeiro, os trabalhadores não aceitam mais empobrecer a trabalhar! Exigem, também, a melhoria das carreiras profissionais, a semana das 35 horas de trabalho, o direito a descansos que permitam conciliar a vida pessoal e familiar e o fim da discriminação salarial dos educadores de infância em creche!
Garantindo que a luta vai mesmo continuar, até porque se estes trabalhadores são essenciais, terão de ganhar mais, os Sindicatos exigem do governo o aumento dos apoios sociais às instituições e à CNIS que pressione o governo a assumir os seus compromissos.