2019 — Manifestação de 5 de Outubro: 15 mil celebram dia do professor em festa e em luta
06 de outubro de 2019
15 mil professores celebram Dia Mundial do Professor em festa e em luta
Mais de 15 mil professores desfilaram, no dia 5 de outubro, do Marquês de Pombal até ao Largo do Rossio, em Lisboa, para celebrar o Dia Mundial do Professor.
Reportagem fotográfica de HB
Em festa e em luta pelas 10 bandeiras reivindicativas que exibiram a abrir o desfile:
- recuperação integral do tempo de serviço;
- defesa do ECD;
- aposentação justa e rejuvenescimento da profissão;
- horários de trabalho legais;
- concursos justos;
- contra a precariedade;
- contra a municipalização da educação;
- por uma gestão democrática das escolas;
- menos alunos por turma;
- uma educação verdadeiramente inclusiva.
No Largo do Rossio, após as atuações dos grupos de alunos que desfilaram com os professores, o Secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, saudou os participantes na Manifestação e todos os professores de Portugal, lembrando, também, os motivos que os levam a prosseguir a luta na próxima legislatura.
Por fim, os professores votaram uma Moção que foi aprovada por unanimidade e aclamação.
As faixas e os pendões [Clicar na imagem]
Os testemunhos em vídeo [Clicar na imagem]
As razões de uma manifestação [Clicar na imagem]
5 de outubro de 2019
Dia Mundial dos Professores – “Professores jovens: o futuro da profissão”
Mensagem conjunta de:
Audrey Azoulay, Diretora Geral da UNESCO,
Guy Ryder, Diretor Geral da Organização Internacional do Trabalho,
Henrietta H. Fore, Diretora Executiva do UNICEF,
Achim Steiner, Administrador do PNUD,
e David Edwards, Secretário Geral da Educação Internacional
“A arte suprema do professor consiste em despertar o prazer da expressão e do conhecimento criativos”. Hoje, após a lição de Albert Einstein, celebramos a experiência, energia e paixão dos professores, que são a pedra angular dos sistemas educacionais do futuro; no entanto, os professores também são fundamentais para a regeneração da própria profissão.
Sem uma nova geração de professores motivados, milhões de alunos serão privados ou continuarão a ser privados do seu direito a uma educação de qualidade. Como o ensino é uma profissão mal remunerada e subvalorizada, é muito difícil atrair e reter talentos.
As taxas de abandono aumentam rapidamente em todo o mundo, devido, em parte, ao emprego precário e às limitadas oportunidades de desenvolvimento profissional. Além disso, há uma falta de recursos para crianças com necessidades educacionais especiais, crianças com deficiência, refugiados e estudantes multilíngues. Atualmente, são necessárias ações urgentes.
Os números fornecidos pelo Instituto de Estatística da UNESCO (UIS) são bastante preocupantes: o mundo precisa de quase 69 milhões de novos professores para cumprir a agenda da Educação 2030. As desigualdades globais podem aumentar diretamente, já que 70% dos países subsaarianos enfrentam uma grave escassez de professores, uma percentagem que chega a 90% no ensino médio.
Esses problemas são ainda mais importantes nas áreas rurais e afetados por crises nos países em desenvolvimento. Professores, particularmente mulheres, correm risco de isolamento e violência. O fluxo resultante de professores para as áreas urbanas deixa as escolas rurais sem pessoal suficiente. Para combater essa situação, na Reunião Mundial de Educação da UNESCO e no 11º Fórum de Diálogo Político da Força-Tarefa Internacional sobre Professores para A Educação 2030 reafirmou o papel essencial dos professores na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Para atingir esse fim, os sistemas educacionais precisam de uma injeção de idéias inovadoras sobre como recrutar, treinar, incentivar e reter as mentes mais brilhantes das salas de aula do século 21. Os media e as novas tecnologias devem ser instrumentos para elevar a docência e demonstrar a sua importância para os direitos humanos, a justiça social e as mudanças climáticas. Os governos, por sua vez, precisam de melhorar as condições de emprego e de trabalho.
Esta questão é ainda mais urgente, dada a escassez de jovens candidatos para substituir os 48,6 milhões de professores que provavelmente se aposentarão na próxima década. Com o tema “Jovens professores: o futuro da profissão”, reconhecemos a importância crítica de reafirmar o valor da missão de ensino.
Instamos os governos a tornar o ensino uma profissão de primeira escolha para os jovens. Também convidamos sindicatos de professores, empregadores do setor privado, diretores de escolas, associações de pais e professores, comitês de gestão escolar, funcionários do setor educacional e educadores para compartilhar conhecimentos e experiências para promover o surgimento de um corpo docente dinâmico. Acima de tudo, celebramos o trabalho de professores dedicados de todo o mundo que continuam a esforçar-se, dia após dia, para que a “educação de qualidade, inclusiva e eqüitativa” e a promoção de “oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” se tornem realidade em todos os cantos do planeta.
24 de setembro de 2019
Ler entrevista com o secretártio-geral da Fenprof
12 de setembro de 2019
Comissão Nacional de Eleições confirma: Manifestação de Professores em 5 de outubro não é ilegal
No Dia Mundial do Professor, docentes sairão à rua para celebrar a profissão e reafirmar a necessidade da sua valorização
As organizações sindicais de docentes – ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU – registam muito positivamente a posição que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) tornou pública, a propósito da Manifestação Nacional que se realizará em 5 de outubro, Dia Mundial do Professor. Havendo quem pusesse em dúvida a legalidade da realização de uma manifestação em dia de reflexão eleitoral, foi muito importante que a CNE, com a posição que tornou pública, tivesse esclarecido que ilegais seriam eventuais mensagens que pudessem ser entendidas como de campanha eleitoral, designadamente de apelo ao voto em algum/ns partido(s) candidato(s) às eleições, o que não acontecerá.
Precisamente por, este ano, estarem convocadas eleições legislativas para o dia seguinte ao Dia Mundial do Professor, as organizações sindicais de docentes em Portugal tomaram algumas medidas destinadas a prevenir situações ilegais. Assim:
- A faixa de abertura respeitará o tema que a UNESCO, a OIT e a IE escolheram para 2019;
- As bandeiras, pancartas e faixas que tenham inscritos os anseios dos professores não serão dirigidas a nenhuma entidade ou organização;
- As palavras de ordem serão genéricas e também não dirigidas a entidades, organizações ou pessoas;
- No final, não haverá discursos, mas, apenas, saudações aos professores, neste dia que lhes é dedicado e que, como tal, é assinalado em todo o mundo.
As organizações sindicais de docentes sublinham que os professores são profissionais respeitadores de todas as normas por que se rege o Estado de direito democrático, ainda que, muitas vezes, os seus direitos sejam postos em causa, por governos que desrespeitam essas mesmas normas.
Assim, o apelo que as organizações sindicais fazem aos Professores e Educadores é que, mais uma vez, participem em elevado número na Manifestação Nacional que se realizará em Lisboa no próximo dia 5 de outubro e, dessa forma expressiva, a transformem num ato de celebração de uma das mais nobres profissões – Professor – e de reafirmação das suas justas reivindicações. Apesar de todas as dificuldades por que a profissão passa, Professor é e será sempre uma profissão de futuro!
Lisboa, 12 de setembro de 2019
As organizações sindicais de docentes
9 de setembro de 2019
Sindicatos de professores preparam Manifestação do Dia Mundial do Professor
As organizações sindicais de docentes – ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU – reuniram esta segunda-feira para avaliar as condições de abertura do ano letivo e definir o formato da Manifestação Nacional que terá lugar no próximo dia 5 de outubro, Dia Mundial do Professor.
Nesta reunião, as organizações sindicais definiram, ainda, as dez bandeiras de luta e as principais reivindicações dos professores para a próxima legislatura: a recomposição da carreira, a recuperação integral do tempo de serviço, o urgente rejuvenescimento da profissão docente, um regime específico de aposentação, a eliminação da precariedade na profissão, concursos mais justos, menos alunos por turma, horários de trabalho legais, uma gestão democrática das escolas e contra o processo de municipalização da educação.
No que respeita aos horários de trabalho e à greve ao sobretrabalho, Mário Nogueira explicou que ainda é difícil perceber se existem irregularidades nos horários dos professores para o próximo ano, mas garantiu que, a verificarem-se quaisquer ilegalidades, todas as situações serão denunciadas ao ministério, conforme solicitado pelo Secretário de Estado da Educação na última reunião com a FENPROF. Se esses problemas não forem resolvidos, as organizações sindicais avançarão com o pré-aviso de greve ao sobretrabalho logo no dia 7 de outubro.