Bolseiros de investigação científica ainda não assinaram contratos
Segundo João Ferreira, presidente da ABIC, o atraso na assinatura de contratos - que possibilita o pagamento das bolsas respectivas - sofre todos os anos "algum atraso": "Nunca se começa a receber em Outubro, mês em que se inicia a actividade, e já vinha sendo comum receber-se a primeira vez em Janeiro. Mas este ano, até agora, ainda nem assinámos contrato e não há notícias de quando é que vamos assinar."
João Ferreira afirma que, apesar de a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) ter garantido que pagará tudo com efeitos retroactivos, o facto é que este atraso significa que os bolseiros estão já a pagar propinas e despesas do seu bolso e que a situação dos bolseiros no estrangeiro é particularmente grave.
Em declarações ao PUBLICO.PT, João Sentieiro, presidente da FCT, sublinhou que este atraso não é inédito e que ainda este mês espera fechar todos os contratos e proceder ao respectivo pagamento das bolsas: "Assinar pressupõe que todo o processo está completo e há bolseiros que ainda não entregaram todos os documentos necessários, em muitos casos porque ainda não os tinham", disse, assegurando que, nesta fase, "já quase todos os contratos estão concluídos".
Apesar de o número de bolsas atribuídas ter aumentado este ano na ordem dos 60 por cento (cerca de 2500 bolserios para 2007), conforme adiantou Sentieiro, o presidente da FCT afirma que esse aumento não justifica o atraso. "Há casos de candidatos que ainda não entregaram os documentos todos", afirmou.
Público on line, 23/01/2007