Para os que entram pela primeira vez, “as boas-vindas e o pedido de empenho, de esforço, de dedicação por esta causa de defesa dos direitos dos professores do norte, dos professores portugueses, por uma Educação de qualidade e uma escola pública inclusiva.”

Quase quarenta anos depois [da fundação do SPN], estamos convictos de que o motivo fundador do mais belo projeto sindical das nossas vidas continua atual e, sobretudo, cada vez mais necessário.

Como muitas vezes ouvimos, somos autores de um sindicalismo de largo espetro – a nossa intervenção não se resume às questões profissionais.

O nosso compromisso com uma sociedade mais justa e democrática é um dos pilares da nossa atividade (...)

Para além dos muros das Escolas, precisamos de contribuir com o nosso esforço para que o Mundo do Trabalho ganhe uma centralidade maior na nossa sociedade.

Não podemos aceitar que a precariedade seja a regra.

Não podemos aceitar que as mulheres continuem a ter salários inferiores aos dos homens.

Não podemos aceitar que os mais velhos sejam colocados nas margens da sociedade.

Esta nossa convicção resulta numa energia que nos move para continuar a exigir uma escola de todos e para todos.

Não podemos aceitar, por exemplo, que largos milhares de portugueses que trabalham estejam abaixo do limiar da pobreza.

Com a pandemia fomos todos postos à prova: a escola e os professores. Nas escolas públicas, como nas escolas privadas, a centralidade do nosso papel foi reconhecida por todos. Famílias e alunos, opinião pública e opinião publicada. Ficou claro que nada substitui o professor, nada substitui a escola.

Parece-nos, no entanto, que esse reconhecimento deverá ser mais do que apenas palavras. A valorização dos educadores, professores e investigadores, sejam eles do sector público, do privado ou do social é uma urgência deste tempo. É uma luta que temos em mãos e que temos de agarrar com toda a força.

Estamos convictos de que a FENPROF é o espaço certo para continuar a abraçar esta luta.

A geração que criou o Sindicato dos Professores do Norte começa, quase toda, a cruzar a linha da aposentação, mas, por força de anos e anos de precariedade, não foi substituída no devido tempo.

Para alguns docentes mais novos, a escola nunca é vista como um espaço de exercício da sua profissionalidade, mas antes como o espaço onde se trabalha, se consegue um ordenado e pouco mais.

É hoje isto que aqui queremos deixar como nota principal: a nossa firme convicção de que, nunca como hoje, o papel dos Sindicatos é crucial para a construção de uma sociedade mais justa.

Aos que chegam pela primeira vez, contamos com a vossa capacidade, para nos ajudarem a tornar maior e melhor o SPN

À Manuela Mendonça: Em todas as funções colocaste uma energia e uma capacidade que nos surpreendia sempre. Colocaste tantas coisas pessoais para trás e não soubemos, muitas vezes, reconhecer isso. O tempo fará justiça ao teu trabalho, ao modo como nos lideraste.

Sobre a Coordenação do SPN: Somos todos muito diferentes, como pessoas e até como sindicalistas, mas vamos ser capazes de procurar o que nos une, que é muito mais do que aquilo que nos separa.Queremos que hoje seja o dia 1 dessa Unidade em torno do Sindicato dos Professores do Norte, essa FORÇA que CONTA!