“Escola para quê?” – seminário muito participado!
20 de abril de 2019
“Escola para quê?” – seminário muito participado!
Realizou-se, na manhã do 18 de maio (sábado), mais um seminário promovido pelo Centro de Formação do Sindicato dos Professores do Norte (SPN), subordinado ao tema «Escola para quê? Política educativa e realidade social».
O auditório da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação encheu-se para ouvir, primeiro, Rui Santos e Filipe Vieira que protagonizaram, à guitarra, um momento musical inicial. Depois, Luís Gonçalves abordou as questões relacionadas com o processo da Estratégia Nacional de Cidadania, que – na qualidade de membro do grupo que participou na sua conceção – discorreu sobre os constrangimentos da sua criação, implementação e a forma como está a ser apropriada pelas escolas/agrupamentos, levando em conta o contexto local, social e económico, mas também a forma como são concretizados os temáticas, conteúdos e o caráter mais (ou menos) interdisciplinar.
Em seguida, tomou da palavra Francisco Simões que falou da experiência vivenciada na Ribeira Brava (Madeira), em 1972, quando foi nomeado diretor de uma escola que… não existia! A solução, negociada e participada com a comunidade local e educativa, foi fazer da localidade a escola, projeto que envolveu pais e encarregados de educação e alunos, mas também todas as instituições humanitárias locais e associações económicas, sociais e outras. Esta experiência é um caso concreto como, mesmo num ambiente politicamente adverso, que pode realizar a Educação para a Cidadania e Desenvolvimento.
Ver reportagem fotográfica de HB
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Após um breve intervalo, Isabel Menezes centrou a sua intervenção no investimento necessário, de cada um de nós e do coletivo, na participação política e cidadã dos alunos e dos professores, isto porque a educação não é ideologicamente neutra. Tendo como base estas ideias, Isabel Menezes abordou as diferentes variantes da participação, principalmente dos jovens, mas também dos professores, e desmontou diversas ideias-feitas com eles relacionados.
No final das intervenções e ainda antes do debate, João Paulo Dupont deu a palavra à coordenadora do SPN, Manuela Mendonça, que em breves palavras falou sobre o desgaste e o desencanto dos professores, da campanha danosa desencadeada contra os professores pelo governo de António Costa (na senda de outras campanhas ainda bem vivas na memória dos professores), mas também na capacidade destes em resistir, apelando à participação dos educadores e professores na luta em curso. E, para finalizar, citou Paulo Freire: “Ser Professor e não lutar é uma contradição pedagógica”.
27 de abril de 2019
LOTAÇÃO ESGOTADA
Inscrições abertas a todos os professores com prioridade aos sócios.
Ação acreditada ao abrigo do despacho 5741/2015, de 29 de maio (4 horas).