Rankings — Um quarto de século de um embuste!
04 de abril de 2025
Foi publicado o 25.º ranking das escolas. Um quarto de século de um embuste, celebrado, em alguns casos, com nomes distintos, métodos aparentemente alternativos, variáveis interativas e análises especializadas, feito por órgãos de comunicação social, bancos e instituições de ensino privadas.
Apesar de envoltos numa aura de rigor, exigência e tecnologia, os rankings, baseando-se em exames nacionais que hierarquizam e eliminam alunos, que desprezam a aprendizagem saudável e a avaliação contínua e que estimulam o individualismo, seriam e estigmatizam escolas, desprestigiam o trabalho dos professores e promovem a competição em detrimento da cooperação.
Assim, e enquanto persistir esta pseudo avaliação que ignora os privilégios de classe — a que chamam mérito — para perpetuar desigualdades que alegadamente se pretende combater, a Fenprof não se cansará de denunciar que a intenção deste folclore anual não é mais do que reforçar o preconceito ideológico de que o privado é bom e o público é mau e assim engordar o negócio da educação, também à custa do estado.
A Fenprof nunca se cansará de saudar todos os professores que, diariamente, continuam a pugnar por uma educação e escola de qualidade para todos, buscando a formação integral dos alunos, apesar da insidiosa desconfiança que todos estes expedientes lançam sobre si.
Conferir texto de opinião de Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof (Rádio Renascença)
Foto: Freepik, download gratuito