Mário Nogueira na Sessão de Encerramento

Intervindo na sessão de encerramento deste "momento alto na vida do Sindicato dos Professores do Norte, uma grande força da FENPROF", Mário Nogueira abordou, no essencial, três matérias de viva actualidade para os docentes: a avaliação de desempenho, os horários de trabalho e o diálogo possível com a tutela. A este propósito comentou: "O ME não é interlocutor válido, por isso pedimos audiência ao Ministro das Finanças. Não há Ministério para a Educação!"

“Este não é um modelo que sirva aos professores e às escolas, não é um modelo formativo”, afirmou o Secretário Geral da FENPROF, referindo-se à avaliação do desempenho que o ME continua a querer impor. Depois de sublinhar que “é preciso unir os professores, porque este modelo divide”, Mário Nogueira chamou a atenção para a importância do reforço das tomadas de posição das escolas contra este modelo burocrático.

"Têm que ser respeitadas as componentes do horário do professor", destacou noutra passagem, referindo-se à greve ao serviço docente extraordinário. Para além da redução do valor da hora extraordinária em mais de 30% e da ilegalidade presente na alteração da fórmula de calcular essa hora, observou o dirigente sindical, "em causa está o próprio horário de trabalho dos docentes e a sua organização em três componentes principais: trabalho lectivo, trabalho de estabelecimento e trabalho individual".E alertou ainda: "Em Setembro não haverá mínimos para o trabalho individual".

O Secretário Geral da FENPROF referiu-se ainda às frentes de luta em curso (jurídica, institucional e reivindicativa), lembrou que "o primeiro espaço de resistência e luta é na escola", destacando a importância da informação, do debate, do esclarecimento e da mobilização dos professores, tendo chamado a atenção para as acções nacionais que se aproximam, e em particular a jornada do Campo Pequeno de 12 de Março.

"Só o movimento sindical está em condições de dar e de incentivar a resposta de todos, de forma organizada, fruto da mobilização dos professores e educadores em todo o país. Os sindicatos fazem tudo o que é possível fazer", garantiu Mário Nogueira. / JPO

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