Marcha Orgulho de Budapeste (28/jun)
26 de junho de 2025
Há mais de uma década que os direitos humanos, os direitos sindicais, a educação pública e a democracia estão a ser alvo de ataques constantes na Hungria. A situação agravou-se ainda mais com a recente proibição da Marcha Orgulho de Budapeste, em resultado de nova legislação. Os direitos das pessoas LGBTQIA+ e a liberdade de reunião e de associação estão sob grave ameaça.
A Marcha Orgulho de Budapeste é uma celebração pacífica dos direitos e da visibilidade LGBTQIA+. São esperados dezenas de milhares de participantes, incluindo deputados europeus e diplomatas. No entanto, o evento foi oficialmente proibido pelo governo de Viktor Orban, na sequência da recente adoção de alterações legislativas. E apesar de o presidente da Câmara de Budapeste ter anunciado esta semana que a cidade vai organizar o evento, é provável uma forte presença policial e a participação nesta marcha não é isenta de riscos.
Neste contexto, a Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) apelou aos sindicatos da Europa para que marchassem em solidariedade com o Orgulho. O Comité Sindical Europeu para a Educação (CSEE) decidiu juntar-se à marcha e apelou a todos os membros do CSEE para participarem e defenderem os valores europeus e os direitos fundamentais que partilhamos.
Não podendo participar na marcha, a Fenprof manifesta o seu apoio público e a sua solidariedade aos educadores e professores húngaros do PSZ e do PDSZ e condena veementemente as restrições impostas na Hungria, denunciando a repressão dos direitos das pessoas LGBTQIA+ e a tentativa de criminalizar o direito ao protesto.
A Fenprof saúda, igualmente, o apelo do CSEE a uma ação coordenada dos sindicatos europeus da Educação. O contexto repressivo na Hungria merece, sem dúvida, uma resposta firme e concertada dos sindicatos europeus e de outras organizações sociais, nomeadamente das organizações de Direitos Humanos que organizam um Festival de Direitos Humanos em Budapeste, de 25 a 27 de junho.
De Portugal, a Fenprof manifesta-se solidária com o PSZ e o PDSZ, e com todos os outros sindicatos que lutam contra regimes autoritários, na Hungria e em tantos outros países, afirmando que “estamos juntos”. Pela educação pública. Pela liberdade de expressão. Pela diversidade, equidade e inclusão. Pela liberdade académica. Pelos direitos dos trabalhadores da educação.
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