2012 — Manifestação representa dia «histórico» (18/out)

19 de outubro de 2012
Já terminou o protesto da CGTP que juntou, no Parque das Nações, cerca de 200 mil trabalhadores. No final da manifestação, o líder da central sindical, Carvalho da Silva, disse tratar-se de um «dia histórico» e avisou o primeiro-ministro que, a partir de agora, terá de mudar de estratégia se quiser ter um futuro polítco. Cerca de 200 mil trabalhadores responderam, esta tarde, ao apelo da CGTP, concentrando-se no Parque das Nações, em Lisboa.


Em declarações à TSF, o líder da CGTP congratulou-se com a manifestação, sublinhando que foi a maior dos últimos 20 anos.

«Pela sua dimensão e pelas suas características, hoje é um dia histórico», disse, sublinhando que agora «vão ampliar-se as alianças sociais e a luta dos portugueses»

Carvalho da Silva lembrou ao primeiro-ministro que «é sempre tempo de mudar e de sair de caminhos errados», alertando que, se José Sócrates não o fizer, «não terá futuro político».

«O primeiro-ministro tem que ter em atenção este protesto e deve ter noção de que os sindicatos vão continuar a existir para além do seu Governo», reforçou.

O responsável disse ainda que uma nova manifestação pode estar à vista, desta vez juntamente com outra central sindical.

Trabalhadores querem Europa com mais justiça social

Os trabalhadores que participaram hoje na concentração da CGTP manifestaram a sua solidariedade aos trabalhadores europeus na luta comum por melhores condições de trabalho e por uma vida digna e reclamaram uma construção europeia que assegure a justiça social, o progresso e a paz.

Esta posição foi assumida numa resolução aprovada no final do desfile de protesto promovido em Lisboa pela Intersindical, que decorreu sob o lema «Por uma Europa Social - Emprego com Direitos».

No documento, são salientados os sacrifícios que têm sido impostos aos trabalhadores, com a promessa de crescimento económico, e de que têm resultado a perda de salários reais para grande parte dos portugueses, o acentuar de desigualdades, o aumento da pobreza, roturas de coesão social e o aumento do desemprego e das precariedade laboral.

TSF Online
http://tsf.sapo.pt/online/vida/interior.asp?id_artigo=TSF184571 

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