DMP — A aura que se lixe, estamos na manif! (4/out)

06 de outubro de 2025

Como de costume, a Fenprof comemorou o Dia Mundial dos Professores (5/out). associando-lhe um conjunto de iniciativas, umas mais simbólicas (como o Prémio Literário e a Corrida dos Professores e da Educação), outras de cariz assumidamente reivindicativo (manifestação, em Lisboa, no dia 4/out).

Num contexto de ausência de respostas efetivas para a progressiva falta de professores, que em Portugal afeta muitos milhares de alunos, a Fenprof levou a cabo, no dia 4 de outubro, uma ação de luta em Lisboa, com concentração no Jardim do Arco do Cego e desfile para a Presidência do Conselho de Ministros. Com esta ação a Fenprof quis lembrar ao governo os compromissos assumidos internacionalmente, reclamar a valorização da profissão docente e reafirmar que a Educação não pode esperar! 

José Feliciano Costa não tem dúvidas: “a agência agora criada dará início ao projeto de privatização da gestão do sistema educativo”, porque, “funcionando com estatuto da administração indireta do Estado, vai gerir concursos, carreiras, avaliação de desempenho dos professores” e podendo “contratualizar serviços com entidades privadas, ira fazê-lo”. Um plano que decorre da “lógica neoliberal de submeter à educação as leis da oferta e da procura com o objetivo de mercantilizar o setor”. Francisco Gonçalves, depois de analisar a questão da falta de professores e do direito das crianças e jovens à Educação, abordou a necessidade de serem os professores os primeiros defensores da Escola Pública. Mesmo que digam que “são antagónicos os interesses dos alunos e das escolas, por um lado, e os interesses dos professores pelo outro”. Mesmo que digam que ao manifestarmo-nos, “perdemos a aura, não é de bom tom, parece mal”. Não é verdade, pois, “quando nós, professores, lutamos pelo direito a uma Educação de qualidade para todos, estamos a cumprir o nosso dever cívico, o compromisso com a justiça e com a dignidade humana”.

As exigências concretas da profissão docente e da Escola Pública marcaram presença na celebração deste Dia Mundial dos Professores. Questões como a perda da atratividade da profissão docente, a necessária valorização da carreira docente, a revisão da carreira docente, a regularização dos horários e a melhoria das condições de trabalho, a precariedade e a falta de incentivos, a gestão democrática ou a aposentação digna e atempada, entre outras, foram exigências manifestadas pelos participantes. Mas também a denúncia do desmantelamento do Ministério da Educação, Ciência e Inovação em curso que levará à privatização do sistema educativo, a exigência de um orçamento do Estado que sirva o serviço público da Educação ou a luta contra o pacote laboral que elimina os efeitos da greve, extinguindo, desta forma, este direito constitucional não foram esquecidos.

Importa, pois, juntar a voz dos educadores e dos professores portugueses à voz dos muitos milhões de docentes que, em todo o mundo, não desistem de lutar por uma profissão docente digna; uma profissão com futuro; pelo direito a uma Educação de qualidade para todas as crianças e jovens; pela valorização a profissão docente; por um investimento capaz e ao serviço da Educação. É imperioso juntar a sua voz dos educadores e dos professores portugueses aos que persistem em lutar por um futuro melhor e uma educação inclusiva e de qualidade. Enfim, por uma sociedade mais igualitária!


Reportagem fotográfica HB


+ fotografias (sítio da Fenprof)


— INSCRIÇÕES 


DMP Unidos pela Profissão. Unidos pelo Futuro (5/out)

25 de setembro de 2025

Dentro de dias, celebra-se o Dia Mundial dos Professores (5/out). Como sempre, a Fenprof irá comemorar o dia, associando-lhe um conjunto de iniciativas, umas mais simbólicas (como o Prémio Literário e a Corrida dos Professores e da Educação), outras de cariz assumidamente reivindicativo (manifestação, em Lisboa, no dia 4/out), como se exige nos tempos que correm.

O Dia Mundial do Professor (DMP), para as organizações promotoras da comemoração (Unesco, Unicef, OIT e IE), representa uma oportunidade para sublinhar a importância da profissão docente e a necessidade da sua dignificação, como condição essencial para a valorização da escola e da educação. O lema escolhido pela Internacional da Educação (IE) — «Unidos pela Profissão. Unidos pelo Futuro» — faz eco do Consenso de Santiago, saído da recente cimeira da Unesco sobre os professores, onde se conclui que sem professores não há futuro e se apela a todos os governos e à comunidade internacional para que invistam nos docentes e os apoiem na criação de um futuro pacífico, justo e sustentável para todos.   

Num contexto de ausência de respostas efetivas para a progressiva falta de professores — que em Portugal afeta muitos milhares de alunos —, a Fenprof leva a cabo, no dia 4 de outubro, uma ação de luta em Lisboa, a partir das 15 horas, com concentração e desfile, do Jardim do Arco do Cego para a Presidência do Conselho de Ministros. Com esta ação a Fenprof lembra ao governo os compromissos assumidos internacionalmente, reclama a valorização da profissão docente e reafirma que a Educação não pode esperar! As exigências concretas da profissão docente e da Escola Pública marcarão presença na celebração do DMP. Para a Federação, é inevitável que assim seja.  

Por isso, a Fenprof apela aos educadores e aos professores portugueses que, neste dia, voltem a juntar a sua voz à de muitos milhões de docentes que, em todo o mundo, não desistem de lutar por uma profissão docente com futuro, e pelo direito a uma Educação de qualidade para todas as crianças e jovens, porque, pela Escola Pública, é urgente investir na Educação e é urgente valorizar a profissão docente.


Anexos

IE — Dia Mundial do Professor 2025 (cartaz) DMP2025 (cartaz)

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