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       Moção 
        
       Greve de 30 de Março: 
        uma derrota política do Ministério da Educação 
       Os professores e os educadores, a nível nacional, cumpriram 
        no dia 30 de Março, um dia de greve, situação que, exceptuando as greves 
        conjuntas com a Administração Pública, já não se verificava desde 1995. 
        Este facto, por si só, sublinha bem a gravidade da situação criada pela 
        ausência de negociação, e é, por si só, um significativo revés para o 
        ministro Santos Silva.  
        Mais do que discutir sobre os números da adesão (a FENPROF estima que 
        no 1º ciclo e no pré-escolar a adesão se situa à volta dos 70%, sendo 
        mais baixa, e mais irregular, no 2º e 3º ciclos e secundário), é necessário 
        sublinhar o profundo descontentamento que atravessa todos os sectores 
        de ensino, traduzido nas diversas acções de protesto levadas a cabo pelos 
        alunos do Secundário, do Superior, e dos professores, sinais de que urge 
        alterar radicalmente o estado da educação. 
       
        Esta acção desencadeada pela FENPROF trouxe claramente para primeiro plano 
        a necessidade de continuar a pressionar o Ministério da Educação no sentido 
        de o obrigar a negociar, isto é, a verter em leis, que mereçam o consenso 
        das diferentes partes, todo o largo conjunto de questões inscritas no 
        Protocolo de Maio de 2000, incluindo a redução do tempo de serviço necessário 
        para a aposentação voluntária. 
       Ao mobilizarem os docentes para lutas futuras e ao alertarem 
        para o estado da educação, os professores em greve e a FENPROF prestaram 
        um bom serviço ao ensino e ao país.  
      A FENPROF espera da parte do Ministério da Educação, e particularmente 
        do ministro Augusto Santos Silva, uma atitude construtiva, de rigor e 
        competência, de modo a não obrigar os professores a recorrer a novas formas 
        de luta, nomeadamente a greve no período das avaliações e dos exames. 
       O Secretariado Nacional  
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