Acordo entre a FENPROF e o ME é bom para os professores
| Sindicato dos Professores do Norte / FENPROF | 
| ACORDO 
        ENTRE A FENPROF E O M.E.  PORQUE CONTÉM GANHOS MUITO IMPORTANTES O Acordo assinado pela 
        FENPROF, no dia 11 de Junho, com o Ministério da Educação, contém ganhos 
        muito importantes para os professores e vem ao encontro das questões essenciais 
        que levaram à marcação das Greves previstas para os dias 18 e 21 de Junho. 
        Vejamos: Exigência: vinculação de professores contratados, através do 
        ingresso em quadros. Acordo: permite a vinculação de quase 4500 contratados profissionalizados; 
        integrará, ainda, nos quadros entre 1000 e 2000 portadores de habilitação 
        própria, em termos a definir em Setembro; reconhece a profissionalização 
        dos contratados feita em regime de voluntariado pela Universidade Aberta. Exigência: Abandono, pelo ME, de algumas das propostas mais negativas 
        que vinha sustentando no âmbito da revisão da legislação sobre concursos 
        e colocações de professores. Acordo: O ME abandona as propostas referentes à contratação 
        em função de entrevistas, e à colocação por recondução sob proposta dos 
        órgãos das escolas. Caem, também, os mecanismos que impediam os professores 
        de concorrer anualmente, assim como a obrigatoriedade de permanência por 
        dois anos após o primeiro provimento em quadro. O ME deixa cair, ainda, 
        a existência de transferências de professores com horários-zero, excepto 
        se estes derem o seu acordo expresso. Exigência: Negociação de um novo regime de aposentação para os 
        professores (a proposta da FENPROF é de 30 aos de serviço). Acordo: A aposentação será matéria prioritária de negociação 
        na revisão do Estatuto da Carreira Docente que terá lugar a partir do 
        próximo ano lectivo. Exigência: Os professores que leccionarão em segmentos horários 
        de 90 minutos não poderão, por isso, ver aumentada a sua carga horária 
        lectiva. Acordo: Não haverá aumento da carga horária dos professores 
        que leccionarão em segmentos horários de 90 minutos ou tempos de 45. Foi ainda possível 
        chegar a acordo sobre as seguintes matérias: 1. Serão revogados os 
        pontos do Despacho 511/98 que permitiam o preenchimento das horas 
        de redução dos professores dos quadros, com actividades marcadas na escola. 2. Fica fora de hipótese 
        qualquer regulamentação da componente não lectiva dos professores 
        como o ME, já por várias vezes havia tentado. 3. É garantido que quaisquer 
        que sejam as soluções encontradas pelo ME para ocupação dos tempos 
        livres dos alunos em períodos de pausas lectivas, tal não acarretará 
        sobrecarga para os professores, nem porá em causa o seu direito às interrupções 
        da actividade docente. 4. É constituída uma 
        comissão, onde participará a FENPROF, que sem prejuízo da negociação específica 
        irá alterar o actual regime de autonomia e gestão, consagrado no 
        DL 115-A/98. Estes são apenas alguns 
        aspectos, eventualmente os mais relevantes, de um acordo que é de grande 
        importância para os educadores e professores portugueses. Perante o que se conseguiu 
        neste processo negocial, não faria sentido manterem-se as Greves previstas 
        para os dias 18 e 21 de Junho. Não porque não existam motivos de insatisfação 
        da classe docente, ou porque estejam resolvidos todos os problemas que 
        afectam os professores e o funcionamento das escolas, mas porque foram 
        dadas respostas positivas aos principais aspectos que levaram à marcação 
        destes dois dias de Greve. A FENPROF, como organização 
        responsável que é, não podia, perante estes ganhos, e porque os objectivos 
        da luta tinham sido aprovados em plenários realizados em todo o país, 
        com a presença de muitos milhares de professores, ?inventar? novos motivos 
        para a manutenção das Greves, eventualmente apenas para a satisfação de 
        alguns. A FENPROF não faz a Greve 
        pela Greve e não considera a Greve um fim em si mesmo, mas um meio para 
        alcançar resultados positivos para os professores e para as escolas. A FENPROF e os seus Sindicatos 
        não se inibem perante quaisquer pressões, venham elas do poder (de que, 
        felizmente, não depende) ou de grupos de pressão organizados ou desorganizados. A FENPROF tem um único 
        objectivo na acção e intervenção sindical que desenvolve: agir em conformidade 
        com os interesses daqueles que representa, os professores, e, particularmente, 
        daqueles que transformam esta Federação na maior organização sindical 
        docente de Portugal e num dos mais importantes movimentos sociais do nosso 
        país. O que se passou neste 
        processo de negociação foi exemplar: a FENPROF traçou os objectivos, definiu 
        um plano de acções e de lutas que levou a efeito, mobilizou os professores 
        para lutarem e com a aproximação dos momentos mais importantes da luta, 
        obrigou o Ministério da Educação e o Governo a recuarem na sua intransigência 
        negocial. Daí que, para além do 
        trabalho desenvolvido pela FENPROF, os resultados agora conseguidos fiquem 
        a dever-se, fundamentalmente, à grande mobilização e determinação dos 
        professores e educadores portugueses. É nesta relação muito 
        estreita que une a FENPROF aos professores e educadores portugueses que 
        tudo continuará a passar-se no mundo da Educação no que diz respeito à 
        vida sindical. Será assim que os docentes portugueses continuarão a obter 
        importantes ganhos para a sua vida profissional. O Secretariado Nacional | 
 
                 
 
         
        