Nota à Comunicação Social

Sindicato dos Professores do Norte
membro da Fenprof

Nota
à Comunicação Social

GREVE NACIONAL DOS EDUCADORES E PROFESSORES
É a maior greve de docentes dos últimos 15 anos

No Norte
Dos 56.346 docentes a trabalhar no Norte
mais de 47.000 fizeram greve

 

Às 16 horas já é possível avançar com a seguinte leitura da greve Nacional de Professores que hoje está a decorrer:

  1. Dos 56.346 educadores e professores, a leccionarem no sector público dos ensinos básico e secundário, no norte do país, terão participado na greve mais de 47.000 (47.894 de acordo com a estimativa efectuada a partir dos dados recolhidos pelo spn)

  2. Globalmente constata-se que:

    • A greve foi mais intensa nas escolas da periferia da cidade do Porto e nalgumas grandes escolas do Porto
    • A greve foi mais participada no 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário.
    • No interior Norte, tendo havido forte adesão, notam-se mais oscilações de adesão entre escolas.
    • Encerraram não só muitos jardins de infância e escolas do 1.º ciclo, mas também um número muito significativo de escolas do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário. Este facto é tanto mais de salientar quanto se sabe que esta greve não contou com a participação dos funcionários das escolas, elementos que, muitas vezes, pelo seu papel na estrutura escolar, contribuem para encerrar as escolas.
    • A greve de 18 de Novembro, no Norte do país, teve uma adesão semelhante à que caracterizou as grandes greves docentes de 1989 quando da negociação do Estatuto da Carreira Docente.
    • Embora os dados sobre esta greve mereçam estudo aturado (o que não deixará de ser feito), à primeira vista, parece indiciar ser a participação mais massiva entre os professores com maior experiência profissional e antiguidade na profissão. De facto, foi em escolas com um corpo docente mais maduro que a greve atingiu os maiores picos de adesão.
    • É também de referir que ao longo deste dia inúmeros professores contratados manifestaram, junto do spn, o seu desgosto pelo facto de a comunicação social não referir as suas reivindicações de direito ao trabalho e à carreira. Tais professores foram participantes desta greve.

O Sindicato dos Professores do Norte, no âmbito da Fenprof, continuará a considerar imprescindível ouvir os professores e ter as suas opiniões como elemento fundamental no processo de negociação. Ouvir os professores e respeitar os interesses dos alunos são dois princípios que continuarão a nortear a actividade do spn.
A escola portuguesa necessita de profundas transformações. Tais mudanças, para terem sucesso, terão de contar com o saber, o conhecimento teórico e prático, e o empenhamento de toda a classe docente.
Lançar medidas desconexas, cozinhadas nos labirintos da administração central, desligadas dos problemas de professores e alunos e dos contextos em que estes trabalham, em vez de melhorar pioram o ensino.
Neste dia de greve, o Sindicato dos Professores do Norte apela ao Ministério da Educação para que assuma uma posição de bom senso e decida negociar com os representantes dos professores com a seriedade que a educação e os interesses dos alunos exigem.

Porto, 18 de Novembro de 2005A

Direcção do spn       

 

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