Suspender colectivamente ESTE processo de Avaliação
SUSPENDER COLECTIVAMENTE O PROCESSO DE AVALIAÇÃO 
 
Colegas,
Suspender 
o processo de avaliação em curso é uma decisão da maioria esmagadora 
dos professores e educadores. Uma vontade expressa de várias formas 
e, em particular, nas manifestações de 8 de Março e 8 de Novembro 
de 2008. 
Já se deram 
muitos passos nesse sentido: 
1. Os professores subscreveram documentos que entregaram aos conselhos 
pedagógicos e conselhos executivos; 
2. 
As escolas dirigiram ao Ministério da Educação (ME) posições a 
exigir a suspensão; 
3. 
As organizações sindicais apresentaram essa exigência ao ME e suspenderam 
a sua participação na Comissão Paritária; 
4. 
A classe, na rua e em massa, afirmou publicamente a rejeição DESTE 
modelo de avaliação, exigindo OUTRO modelo que respeite a unidade 
da profissão, a qualidade do desempenho profissional e promova o aperfeiçoamento 
da escola pública. 
5. 
Milhares de docentes recusaram já entregar os seus «objectivos individuais»; 
 
Este é o momento 
de continuar este processo, levando todas as escolas a concretizar 
sem tibiezas a suspensão DESTE modelo de avaliação. Fazê-lo 
em segurança significa fazê-lo em unidade e em massa. A nossa melhor 
protecção é a acção colectiva. 
Levar o 
Ministério da Educação (ME) a desistir DESTE modelo e a negociar 
OUTRO depende da acção forte e colectiva da maioria esmagadora dos 
docentes. 
Nesta fase 
do processo, a acção de suspensão é política, não é jurídica. Depende da nossa recusa colectiva e solidária. Depende da unidade 
na acção. Agir juntos, protegendo-nos juntos: 
 
- Em reunião geral ou nos departamentos curriculares, decidindo parar todas as actividades relacionadas com o processo de avaliação, a começar pela entrega dos "objectivos individuais". Exige-se e aguarda-se por um OUTRO modelo.
 
Estas formas de recusa exigem envolvimento colectivo, unindo e não dividindo a classe. Esta acção de recusa deve ficar na história da nossa profissão como uma exemplar forma de acção firme, determinada e solidária. Não há aqui espaço para individualismos. Em cada escola é preciso convergir para a acção colectiva e levá-la por diante com determinação e firmeza. E responder a todas as pressões e ameaças com serenidade, confiança colectiva, determinação e solidariedade. Somos todos professores. Somos todos responsáveis pelo futuro da nossa profissão e da escola pública portuguesa. Agimos solidariamente.
Este é o tempo 
de percorrer este caminho. Não se esperem soluções milagrosas de 
juristas. O processo é político e faz-se porque o interesse da qualidade 
do ensino e o respeito exigido à profissão o impõem. 
Pode haver 
levantamentos de processos disciplinares quando a acção 
é de meia dúzia. Não haverá 
seguramente processos disciplinares quando a acção 
é de toda uma classe profissional. Agir colectivamente faz-nos 
dar o salto do jurídico para o político. É esse salto colectivo que 
devemos dar agora. 
Todos os professores 
e todas as escolas que avancem com a suspensão do processo de avaliação 
podem contar com o nosso apoio e com o apoio dos nossos serviços.