30.º aniversário | + SPN no Olimpo (Manuel Carlos Silva e Fernando Bessa)
TRABALHO SEXUAL: SIM OU NÃO? DIREITOS E PRECONCEITOS
Manuel Carlos Silva - UM (sociólogo) + Fernando Bessa - UTAD (sociólogo)
5ª feira, 31.maio, 18h-20h30
Olimpo Bar-Café | Rua da Alegria, 26 - Porto (aos Poveiros)
“A Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN desenvolveu uma reflexão sobre esta temática e pronuncia-se contra a ‘profissionalização’ da prostituição e a utilização da expressão ‘trabalhadoras do sexo’. […] A prostituição não é nem pode ser considerada como trabalho e muito menos ‘trabalho digno’. O que está em causa é a concepção capitalista e neoliberal da mercantilização do corpo, nomeadamente feminino, tendo como questão de fundo, os interesses económicos ligados ao que designam por ‘indústria do sexo’, que movimenta negócios e lucros fabulosos, à custa da exploração ignóbil das mulheres e jovens”.
CIMH/CGTP-IN (O Trabalho Digno versus a Prostituição, publicado em www.cgtp.pt em 02.05.2011)
“O que defendo é que o trabalho sexual em geral, e o da prostituição em particular, seja uma profissão semelhante às outras, sem leis nem estatutos especiais. A vantagem será, desde logo, o reconhecimento dos direitos laborais a um grupo significativo de pessoas, que poderiam efectuar descontos para a Segurança Social, recorrer a um subsídio em caso de doença, além de questões mais práticas: ganham dinheiro e, no entanto, não conseguem um empréstimo à habitação por não terem uma folha de IRS para mostrar ao banco. São esses pequenos constrangimentos no dia a dia que podiam ser obviados. [...] E os sindicatos teriam, nisso, um papel importante, mas tanto a CGTP como a UGT se manifestaram contra a possibilidade de as prostitutas se sindicalizarem, alegando que não é uma actividade compatível com a dignidade humana; mas o papel dos sindicatos é defender os trabalhadores, independentemente da actividade que exercem; portanto, se há um grupo de pessoas que tem esta actividade e não tem os direitos reconhecidos, ninguém melhor do que os sindicatos para apoiá-las”.
Alexandra Oliveira, investigadora (A prostituição é uma escolha - entrevista ao JN de 30.08.2009)
+ SPN NO OLIMPO É UMA TERTÚLIA MENSAL (última 5ª feira) NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DO 30º ANIVERSÁRIO DO SINDICATO DOS PROFESSORES DO NORTE [SPN]