Chegaram os docentes de Timor
5 de abril de 2020
Por volta das 23 horas de domingo (5/abr), chegaram os docentes de Timor-Leste, juntamente com outros profissionais, num total de 207 portugueses (e 4 pessoas de outros países europeus). Cumprem, agora, quarentena nas suas casas.
25 de Março de 2020
Regresso de docentes que se encontram a trabalhar em Moçambique e Timor-Leste
Na sequência dos contactos que estabeleceu com membros do Governo, a Fenprof foi informada de que estão a ser desenvolvidas todas as diligências, algumas não apenas logísticas, mas, também, diplomáticas, no sentido de garantir o regresso de todos os docentes que se encontram em Moçambique e Timor-Leste. Estará mais próxima a resolução da situação em Moçambique, mas o mesmo deverá acontecer em Díli.
24 de março de 2020
Situação dramática em Timor
Há uma semana (16/mar), os educadores e professores de Timor lançaram o alerta – estava instalado o medo e imperava o silêncio das autoridades timorenses e portuguesas. Mais informavam que havia carência de medicamentos, materiais relacionados com o combate ao vírus e recursos humanos qualificados, ao mesmo tempo que, numa primeira fase, alertavam para a entrada e saída do país, sem controlo, de pessoas das mais diversas nacionalidades. Mais tarde, com o encerramento fronteiriço com a Indonésia e a Austrália, onde a pandemia alastra, os professores em Timor sentiam-se completamente abandonados, quer pelas autoridades locais, quer pelas portuguesas. A agravar a situação, assistiu-se a fortes cheias que, inclusive, destruíram instalações escolares, como é o caso da escola portuguesa de Díli.
Atento a esta realidade o Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE/Fenprof) contactou de a Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas e o Ministro dos Negócios Estrangeiros no sentido de alertar as entidades para a situação vivida por estes docentes. Em resposta recebeu a garantia de que as entidades nacionais estavam a “envidar esforços no sentido de encontrar soluções no imediato, de forma a encontrar soluções para a situação relatada”.
No entanto, com o decorrer dos dias, vão chegando relatos de agressões resultado de “um sentimento geral de hostilização dos cidadãos estrangeiros”, o que atesta “o sentimento de insegurança” que se encontra “generalizado entre os cooperantes em Timor-Leste”, pelo que, a ideia de um repatriamento ganha, de dia para dia, forte adesão – “a quase totalidade dos professores pretendem o repatriamento imediato”.
Perante a inexistência de quaisquer desenvolvimentos e ações concretas que tenham resultado as diligências iniciais, e dado que começam a surgir apelos de docentes que se encontram a trabalhar em outros países, a Fenprof instou o governo português, desde logo o Primeiro-Ministro, a dar resposta ao legítimo desejo dos educadores e professores portugueses de regressar ao nosso país para junto das suas famílias, com a maior brevidade possível “devendo, de imediato, os interessados em regressar ser contactados e informados sobre procedimentos e datas de viagem”.
Vivemos um tempo em que a prioridade terá de ser dada às pessoas, incluindo as que se encontram longe do seu país.
Ver artigos no sítio da Fenprof
- Professores portugueses em Timor: o medo instalado e o silêncio das autoridades timorenses e portuguesas
- Carta de uma professora cooperante sobre a insegurança que vivem, hoje, em Timor-Leste
- Governo de Portugal tem o dever de garantir o regresso dos professores que trabalham no estrangeiro
Comunicação social
- SIC Notícias – Professores portugueses acusados de serem transmissores de coronavírus em Timor-Leste (24/mar)
- País ao Minuto – Professores no estrangeiro querem regressar ao país, alerta Fenprof (24/mar)
- País ao Minuto – Duas portuguesas apresentaram queixa na polícia de Timor (24/mar)