Professores contratados: muitos anos de luta (2011)
10 de outubro de 2011
Guia de Sobrevivência dos Professores Contratados
O Sindicato dos Professores do Norte e a FENPROF têm sido ao longo dos anos os mais activos no trabalho em torno das questões da precariedade e do Emprego.
Na última década do século passado (como o tempo passa!) desenvolvemos um trabalho intenso e permanente, que nos conduziu a duas importantes conquistas: o direito ao subsídio de desemprego (2000) e um número recorde de vinculações.
Mas, o nosso trabalho não parou aí.
Fomos acompanhando com toda a atenção os concursos de professores, publicitando estudos e análises (2ª parte de 2000) e realizando outras iniciativas como uma Manifestação em Outubro de 2000 ou a árvore da precariedade, no fim desse mesmo ano.
Nos anos seguintes, continuámos a analisar os concursos e a levar os nossos argumentos até à comunicação social.
Em Janeiro de 2002, estivemos outra vez na rua, voltámos com o Muro das reivindicações e com o POLPE - o Programa Operacional de Luta Pelo Emprego, Plenários por altura do EURO 2004 e distribuições de informação em várias línguas à porta dos estádios do Europeu de futebol, denunciando a quem nos visitou o que por cá era prática em relação à Educação.
Fizemos a avaliação do ME e o resultado foi evidente...
Os anos que se seguiram foram de ENORMES LUTAS de toda a classe em torno do Estatuto e há duas questões que nunca sairam de cima da mesa: o exame de acesso à profissão e a progressão desde os escalões mais baixos...
Fica esta breve síntese do que temos vindo a fazer, porque é mais fácil perceber o presente e pensar o futuro se se conhecer o passado.
Agora em Setembro de 2011:
- Escalada pelo Emprego! (16.Set.): Imagens da Avenida dos Aliados no site da Javsport ; Na comunicação social:- Antena 1 | - JN | - A Bola |
Outros locais onde os professores também estiveram presentes
2000
18 de Janeiro
Ocupação Simbólica de Centros de Emprego.
18 de Fevereiro
Ocupação Simbólica das Instalações da Direcção Regional.
22/23 de Março
Acampamento de Professores Contratados e Desempregados
Participação na Concentração e Marcha Europeia de Trabalhadores (Mosteiro dos Jerónimos)
31 de Março
Plenário de Professores Contratados e Desempregados
9 de Setembro
Conferência de Imprensa junto aos locais dos Mini-concursos
27 de Outubro
Plenário e Desfile de Docentes Contratados; Lisboa
20 de Dezembro
NATAL 2000: Presente Envenenado- Recolha, junto da população, de Assinaturas em Postais; Todas as Capitais de Distrito
22 de Dezembro
Árvore da Precariedade; Lisboa
1999
22 Janeiro
Plenários de Professores Contratados: Milhares de professores marcam presença nesta acção, onde foi possível fazer uma avaliação da situação e planear novas formas de luta.
25 de Maio
Entrega de uma petição com 40000 assinaturas na Assembleia da República exigindo o agendamento da discussão em plenário da situação de Professores Contratados e Desempregados.
Plenário Nacional das Comissões de Professores Contratados
Concentração Junto ao Ministério da Educação
22 de Setembro
Marcha Nacional, em Lisboa, de Professores Contratados e Desempregados
27 de Outubro
Vigilia de Prof's Contratados
10 de Dezembro
Plenário e Manifestação Nacional de Professores Contratados e Desempregados
21 de Dezembro
Reunião de Comissões de Professores Contratados e Desempregados
1998
13 de Janeiro
Em resultado da grande luta que a FENPROF desenvolveu no ano de 1997, é assinado um acordo com o Ministério que garante a Vinculação de 15 000 docentes:
- 1500 no Pré-escolar
- 3500 no 1º Ciclo
- 10 000 no 2º, 3º Ciclos e Secundário
Uma vitória de todos os professores, mas que, em documento anexo ao acordo, a FENPROF, considerou insuficiente perante o número ainda muito grande de docentes que não veria a sua situação resolver-se com este acordo.
A FENPROF continua a defender a existência de um regime dinâmico de Vinculação.
Fevereiro
Abertos os concursos do 2º e 3º ciclos e secundário a FENPROF constata que os números ficam aquém do acordo:
Vagas do quadro de escola: 6376
Vagas do Quadro de escola negativas: 4628
Vagas do quadro de Zona Pedagógica: 6475
Total de vagas: 8223, ou seja, ficam a faltar 1777 em relação ao acordo de 13 de Janeiro.
Junho
No jornal da FENPROF de Junho é feito o balanço entre o acordado em Janeiro e a realidade dos diferentes concursos.
Dos 10 000 lugares acordados apenas 5469 corresponderam a vinculações de professores que se encontravam contratados: 2430 nos quadros de zona e 3038 nos quadros de escola. Ficaram por vincular 21 100 professores.
No caso do 1º CEB, 100% das colocações a nível de escola foram "transferências" de escola ou do quadro de vinculação. Houve 3014 contratados que conseguiram entrar no quadro distrital de vinculação. Ficaram 1328 professores por vincular.
No pré-escolar houve 1231 vinculações, das 1500 prometidas. Ficaram por vincular 4124 contratados.
Facilmente se pode concluir que:
- Houve 9713 vinculações - um diferencial de 5287 para o acordo assinado em Janeiro.
- Continuaram em situação de contrato 26 552 professores e educadores.
Setembro de 98
A FENPROF denuncia em conferência de Imprensa que o Governo não cumpriu o acordado.
Reuniões de Professores contratados.
1997 - ANO DA VINCULAÇÃO DOS PROFESSORES CONTRATADOS
A FENPROF, não tendo qualquer proposta do Governo no sentido de resolver a situação dos professores contratados e desempregados, decidiu que o ano de 1997 seria o Ano da Vinculação dos Professores.
Foram inúmeras as acções de luta: envio de postais ao ME, bancas nos principais centros urbanos do país, envio de comunicados à imprensa, manifestações, encontros nacionais e regionais
Destaco o culminar da nossa luta
21 de Novembro
Tribunal de opinião pública
Uma acção de luta que contou com a presença de muitas figuras públicas que julgaram o Ministério da Educação, como sendo o culpado pela Instabilidade docente.
1996
Um ano em que a FENPROF esperou notícias vindas da nova Equipa Ministerial, liderada pelo Ministro Dr. Marçal Grilo.
1995
2 de Fevereiro
Plenários de Professores Contratados.
Neste ano de eleições legislativas, a FENPROF centrou a sua luta no diálogo com os diferentes partidos. No programa de Governo do Partido Socialista, que em Outubro de 95 venceu as eleições, eram feitas duas referências: aposta na Estabilidade Docente e criação de Subsidio de Desemprego para os Professores não colocados. Foi em 95 e já estamos em 99...
1994
25 de Janeiro
Greve Geral dos trabalhadores da Administração Pública- um dos pontos de ordem foi a estabilidade no emprego e a vinculação dinâmica dos Professores.
14 a 18 de Março
Acções de Luta em frente ao Ministério da Educação- em 5 dias consecutivos cada um dos sindicatos da FENPROF assegurou um dia de luta pela estabilidade docente, entre outras exigências.
6 de Maio
Manifestação Docente pela exigência de uma Profissão dignificada.
15 de Setembro
Conferência de Imprensa da FENPROF assinalando o inicio do ano lectivo- a instabilidade docente foi abordado como situação que reflecte a falta de uma efectiva aposta na educação.
1993
7 de Janeiro
Reunião com o Ministro da Educação sobre esta questão.
12 de Janeiro
Reunião com o Provedor de Justiça
Fevereiro
Acções de Luta para "comemorar" um ano da nomeação de Couto dos Santos para Ministro da Educação
2 Abril
Reunião com o Secretário de Estado dos Recursos Educativos- reunião onde foi abordada também a questão do subsídio de desemprego
19 de Novembro
Greve Nacional de Professores / Educadores pela exigência de uma melhor educação.
11 de Dezembro
Plenário, desfile e Concentração junto ao ME pelo direito à Vinculação de todos os professores e educadores com dois ou mais anos de serviço, desde que profissionalizados ou portadores de habilitação própria.
1991
Encontros em todos os Sindicatos da FENPROF de professores Contratados.