Patxi Andión (1947-2019)
18 de dezembro de 2019
Vítima de um despiste automóvel, o criador de Amor Primero, El Maestro e Una, dos y tres morreu ao início da manhã. Com uma longa e intensa ligação a Portugal, o SPN protagonizou um instante dessa história, ao promover o seu regresso aos palcos após largos de anos de ausência – um regresso, confessou, muito motivado por ser num concerto para e com professores. Um concerto memorável, no âmbito do V Congresso do SPN (Coliseu do Porto, 22 de março de 2000).
Muitas vezes referenciado como o mais português dos cantores de Espanha, a ligação de Patxi Andión ao nosso país começou em 1969, mas começou mal – nas duas primeiras vezes em que cá veio atuar, acabou por ser levado pela PIDE e deixado na fronteira. “Levaram-me de Portugal, mas deixaram-me dentro para sempre”.
O primeiro concerto aconteceria em março de 1974 – o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, esgotou para ouvir 20 Aniversário-Palabras, Aquí, Padre ou La Jacinta, entre várias outras canções emblemáticas que afirmam o excelente escritor/compositor de canções e notável intérprete que permanecerá na memória de muitos.
A partir de então, intensificou a sua ligação a Portugal, onde veio dezenas de vezes para concertos e colaborações com artistas portugueses, e à língua portuguesa, que falava fluentemente. "A minha relação com Portugal, a música e a língua portuguesa é de absoluto amor, é uma paixão que existe desde a década de 1960”, disse em entrevista à Lusa.
Em setembro, voltou para uma série de concertos comemorativos dos 50 anos de carreira e apresentação do último trabalho discográfico, La Hora Lobicán – agora, provavelmente, “vaga, no azul amplo solta, vai uma nuvem errando”…
Desta vez, Patxi Andión foi expulso da vida. Mas viverá para sempre.
A Direção SPN expressa a todos os familiares e amigos a sua solidariedade e sentidas condolências.
Patxi Andión no V Congresso dos Professores do Norte (Coliseu, 2000)
A Página da Educação – Patxi Andión actua no Porto