Tem corrido o boato, junto de alguma opinião pública, que os sindicatos de professores que assinaram hoje o entendimento com o Ministério da Educação, só o fizeram em troca de uma benesse, traduzida no acesso facilitado à carreira de Professor Titular.

O Sindicato dos Professores do Norte quer afirmar a sua indignação perante tais insinuações por serem falsas, caluniosas e terem como único objectivo denegrir a imagem dos sindicatos.

Neste sentido o Sindicato dos Professores do Norte, membro da FENPROF, repudia todas as afirmações que vão no sentido de dizer que os sindicatos se venderam a troco do acesso fácil à carreira de Professor Titular, ou outras, e reafirma que, à semelhança do que sempre vem defendendo, os dirigentes sindicais são professores de pleno direito perante a lei e, como tal, não aceitam ser discriminados seja negativa seja positivamente.

É verdade que numa versão inicial do Memorando de Entendimento o ME colocou a possibilidade de excepcionar relativamente a algumas situações, entre elas os membros de associações sindicais. Mas é verdade, e é de sublinhar, que os Sindicatos de Professores se recusaram frontalmente a consideração essa possibilidade e obrigando o ME a retirar essa referência do texto do Entendimento.

A Direcção do Sindicato dos Professores do Norte considera preocupantes todas as manobras que visem, objectivamente, dividir os professores. A avaliação do processo de luta dos professores e a escolha dos caminhos mais acertados não é fácil, será tanto mais fácil quanto puder contar com o diálogo franco e aberto entre todos os professores, seja qual for a sua opinião.

É neste sentido que o Sindicato dos Professores do Norte, reafirma toda a sua disponibilidade e empenho para continuar a defender os interesses e direitos de TODOS os educadores e professores e, como não podia deixar de ser, do aumento da qualidade da educação ministrada na nossa escola pública.

Como SEMPRE o processo será mais favorável aos educadores e professores se não houver divisões, e, pelo contrario, houver seriedade na defesa da dignidade profissional e pessoal de TODOS.

Porto, 17 de Abril de 2008