O final do ano é um tempo propício a balanços.
Seis meses depois da tomada de posse do actual governo, o país vai-se afundando numa espiral recessiva. Após sucessivos planos de austeridade, segundo dados do Eurostat, a economia nacional foi das que mais perdeu em 2011 entre os países da UE, estando a recuar pelo quarto trimestre consecutivo. No plano político, é a falência da democracia – como alguém afirmou recentemente, a soberania dos eleitores foi substituída pela soberania dos credores.

Nada disto surpreende, face às opções políticas que têm vindo a ser assumidas. O que ainda assim não pode deixar de surpreender é a total ausência de uma estratégia que aponte um caminho de recuperação da profunda crise em que o país está mergulhado. Esse não será seguramente o do empobrecimento ou o da emigração de professores e outros quadros qualificados, de que o país não pode prescindir, sobretudo neste tempo de dificuldades.

Sabemos que o próximo ano será muito difícil para os portugueses. Mas este é o nosso tempo de vida. O tempo que temos para ajudar a construir um mundo mais justo e mais solidário. Nisso continuaremos empenhados porque, como diz uma canção, “merecer a vida não é calar nem consentir tantas injustiças repetidas”. Desejamos a todos Boas Festas e um 2012 com saúde e energia renovada. Por tudo e apesar de tudo.

´A Direcção do SPN

Manuela Mendonça