FENPROF lança as bases do debate sobre a profissão, os professores e a sua carreira
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Preparar a FENPROF para a negociação do processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD) é um dos objectivos centrais do Encontro de Reflexão de Quadros Dirigentes Sindicais que decorre hoje e amanhã (26 e 27 de Janeiro) no INATEL, na Caparica.
A estabilidade profissional e incentivos ao exercício da profissão, direitos e deveres profissionais, regime geral e especificidade da profissão docente quanto a faltas, férias e licenças, o desgaste provocado por uma profissão exigente e estatuto de aposentação, são os temas previstos para análise e debate amanhã, segundo dia dos trabalhos da FENPROF neste Encontro, que reúne dirigentes de todos os Sindicatos de Professores da Federação e de todos os níveis e sectores de educação e de ensino. O Encontro abriu com breves notas de enquadramento da iniciativa com indicações precisas relativamente aos objectivos do Secretariado Nacional com a sua marcação, por parte de Mário Nogueira (Coordenador do Grupo Negociador da FENPROF) e de Paulo Sucena (Secretário Geral), que centraram as suas intervenções nas razões da escolha dos temas para preparar a intervenção consequente da organização sindical e iniciar um debate tão aprofundado quanto possível sobre o que é ser Professor hoje, as bases da profissão, responsabilidades, perspectivas e expectativas em relação ao futuro profissional dos docentes. O primeiro dia dos trabalhos registou as comunicações de Almerindo Janela Afonso, da Universidade do Minho, e Isabel Baptista, membro do Conselho Nacional da FENPROF e da direcção do SPN e docente da Universidade Católica no Porto, que intervieram a propósito das expectativas e perspectivas existentes sobre a profissão, os profissionais e a carreira docente, bem como sobre o papel da Escola enquanto factor de aprofundamento de uma cultura democrática, solidária e multicultural. O Encontro prosseguiu, de tarde, com o debate sobre a avaliação do desempenho dos professores e educadores, cruzando diversas realidades existentes na administração pública e no sector privado, avaliando a actual legislação e as intenções mais ou menos declaradas de mudanças nesta matéria, nomeadamente através da extensão dos modelos uniformizadores impostos para administração pública que não têm em conta realidades específicas, como neste caso da profissão docente. As intervenções iniciais sobre esta matéria pertenceram a Manuela Mendonça, Augusto Pascoal e Isabel Baptista. A edição de Fevereiro do Jornal da FENPROF dará particular atenção a este Encontro da FENPROF, incluindo contributos de outros convidados que por motivos de força maior não puderam estar presentes na Caparica. |