Tragédia em Angola
Sindicato dos Professores do Norte / FENPROF |
ANGOLA URGÊNCIA!ANGOLA - 18 000 CIVIS AGONIZANTESMédicos Sem Fronteiras: Comunicado de imprensa Paris, 2 de Maio de 2002 . Após uma missão exploratória em Chipindo, na província de Huíla, em Angola, Médicos Sem Fronteiras (MSF) abre de emergência uma missão nutricional e médica para socorrer as 18 mil pessoas chegadas entre Setembro e Março últimos. Uma primeira distribuição de víveres será efectuada urgentemente para as crianças com menos de dez anos enquanto que um centro nutricional terapêutico e um centro de cuidados médicos abrirão para acolher as pessoas mais severamente atingidas pela má nutrição e pelas doenças, nomeadamente as crianças. A situação em Chipindo é efectivamente dramática. Durante a missão de exploração a equipa constatou taxas de mortalidade de 6,1 mortes / 10 000 / dia para as crianças com menos de cinco anos e de 4,5 mortes / 10 000 / dia para a população em geral, taxas que são muito superiores aos patamares de gravidade. ?Vimos um fraco número de crianças com menos de cinco anos. Muitos já morreram?, conta Mercedes Tatai médica coordenadora de urgência. Uma colina inteira está coberta por milhares de sepulturas cavadas desde Setembro. Uma avaliação rápida do estado nutricional mostra 57% de má nutrição global e 35% de má nutrição severa nas crianças. Para mais, a equipa constatou um número importante de mal nutridos entre os adolescentes e os adultos. Estas 18 000 pessoas foram deslocadas pelas forças governamentais entre Setembro e Março últimos para Chipindo onde não têm acesso aqualquer ajuda alimentar e humanitária. Mantidos nestas condições, desprovidos de meios para assegurar a sua sobrevivência, estão em perigo de morte. Chipindo é a quarta situação de urgência extrema descoberta por MSF desde Março passado unicamente nas províncias de Huambo, Huíla e Bié, em Angola, durante missões exploratórias levadas a cabo em zonas recentemente acessíveis. Podem enviar os vossos donativos para: >MSF Angola BP 2003, 75011 Paris Cedex 11. Para outras informações podem contactar Thierry >Allafort (01 40 21 29 33) ou Alain Frilet (01 40 21 2908). |