Apelo à Ação — Libertem Fatima Al-Rimawi
18 de setembro de 2024
A Fenprof dirigiu um pedido veemente de intervenção do governo português junto do governo de Israel para a libertação imediata de Fatima Nimer Al-Rimawi, mulher palestina de 54 anos, presidente da filial de Jericó do Sindicato Geral Palestiniano dos Trabalhadores de Jardins de Infância e Escolas Privadas (GUWKPS), uma organização membro da Internacional da Educação, federação que representa mais de 32 milhões de profissionais da educação de todo o mundo.
Nesse apelo, que seguiu, igualmente, para a embaixada de Israel em Portugal, a Federação refere que “Fatima não é apenas uma dirigente sindical, é uma educadora de infância dedicada, com mais de 30 anos de experiência. Ao longo da sua carreira, tem desempenhado um papel crucial na educação das crianças na Cisjordânia, equilibrando as suas responsabilidades profissionais com o seu papel de esposa e mãe. O seu compromisso de longa data com a educação e a sua comunidade reflete-se também no trabalho que desenvolve na liderança do GUWKPS”.
Fatima Al-Rimawi foi detida pelas Forças de Defesa de Israel, na sua casa, em janeiro de 2024. Desde então, tem estado detida sem julgamento, na prisão militar Damon para mulheres, perto de Haifa, sem acesso aos cuidados médicos necessários, nem visitas da sua família ou advogado. O impacto da sua prisão repercutiu-se profundamente na sua família, nos seus alunos e na sua comunidade, acarretando profundas consequências pessoais e sociais.
Detida há sete meses, o estado de saúde, físico e sociopsicológico, de Fatima Al-Rimawi tem vindo a deteriorar-se. Atualmente, sofre de dores nos pés e de alergias no corpo e não consegue ler, porque não tem acesso a óculos. Não foi possível à família fornecer-lhos, uma vez que todas as visitas estão proibidas.
Fatima é uma ativista social e sindical, uma amante da paz e da liberdade. Considerando inaceitável a detenção prolongada sem julgamento e a violação dos direitos humanos a que tem estado sujeita, tal como muitos dos seus compatriotas detidos nas prisões do estado israelita, a Fenprof apela à solidariedade de todos os educadores, professores e investigadores, envolvendo-se, por isso, no grande movimento desencadeado à escala planetária pela libertação da ativista e sindicalista.
Apelo à Ação
Libertem Fátima Al-Rimawi
“A Fátima é a professora mais querida da nossa escola, as crianças sentem muito a sua falta” — professora
“Queremos que ela volte e nos penteie o cabelo como fazia antes, tratando-nos como os seus próprios filhos” — estudante
“A Fátima é uma amante da paz e da liberdade, sempre foi uma defensora dos direitos das mulheres... Peço-lhe que faça tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar” — Ghassan Rimawi, marido de Fátima Al Rimawi
Em resposta ao pedido de Ghassan Rimawi, segue-se um kit de ação que fornece ideias num apelo à justiça para Fatima Al-Rimawi
Pequena abordagem sobre a história de Fátima Al-Rimawi
Fatima Al Rimawi, dirigente sindical e educadora palestiniana, foi detida pelas Forças de Defesa de Israel em janeiro de 2024. Foi detida sem julgamento na prisão militar de Damon, enfrentando condições duras e negado o acesso a cuidados médicos, visitas familiares ou assistência jurídica. A sua detenção, baseada em alegações de ajuda ao terrorismo através de publicações nas redes sociais, teve um impacto profundo na sua família, estudantes e comunidade. O caso de Fatima exemplifica as violações mais amplas dos direitos humanos enfrentadas pelos detidos palestinianos, especialmente as mulheres, no âmbito das atuais políticas de linha dura de Israel, mas também realça o potencial de justiça através da resiliência do sistema judicial israelita.
O impacto da ausência da Fatima é profundamente sentido tanto pelos alunos como pelos pais. Quem com ela trabalhou, recorda com carinho o seu cuidado e presença, dizendo coisas como: 'A Fátima é a professora mais querida da nossa escola. Sempre foi muito próxima das crianças e elas sentem muito a sua falta. Perguntam constantemente por ela, perguntando-se: 'quando é que ela voltará'. Um dos seus alunos referiu que “sempre que há um problema, chamamos a Sra. Rimawi porque ela é a melhor na resolução de problemas”. As jovens alunas, em particular, sentem falta do seu toque maternal, como disse uma delas: 'Queremos que ela volte e penteie os nossos cabelos como costumava fazer, tratando-nos como se fossem seus próprios filhos.' Até os pais estão preocupados, principalmente no momento da matrícula, lembrando-se de como ela sempre lhes facilitou as coisas, compreendendo as suas dificuldades financeiras e ajudando nas mensalidades escolares.
O marido de Fátima, Ghassan Rimawi, escreveu uma carta a pedir solidariedade internacional e ajuda para libertar Fátima, dizendo:
"Exorto-vos a fazer tudo o que estiver ao vosso alcance para ajudar. Estou a chamar-vos da cidade mais antiga do mundo, Jericó, com dez mil anos de civilização, para ficarem com ela e com as outras mulheres de lá, pois há mães, professores e donas de casa dentro da prisão de Damon que estão a sofrer como ela."
Campanha de redes sociais
O objetivo da nossa campanha nas redes sociais é exercer pressão internacional sobre Israel, especificamente sobre o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para libertar Fatima Al-Rimawi, imediatamente. Yoav supervisiona as FDI e várias outras forças de segurança israelitas. É também responsável por todas as prisões e prisioneiros militares, incluindo a prisão Damon, onde Fátima está detida. Ao agir, dirija as suas exigências ao Ministro Yoav Gallant.
Identificador do Twitter: @yoavgallant
E-mail: yoavg@knesset.gov.il
27 de agosto de 2024
Pela libertação imediata de Fatima Nimer Al-Rimawi
Pedido de intervenção junto do Governo de Israel para a libertação imediata de Fatima Nimer Al-Rimawi, professora e dirigente sindical palestiniana. Fatima é uma ativista social e sindical, uma amante da paz e da liberdade. Considerando inaceitável a detenção prolongada sem julgamento e a violação dos direitos humanos a que tem estado sujeita, a Fenprof solicitou a intervenção do embaixador de Portugal em Israel para que, junto do Governo desse país, dê a conhecer este apelo para que Fatima Nimer Al-Rimawi possa ser de imediato libertada. O mesmo ofício foi enviado ao Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Fatima Al-Rimawi é uma mulher palestiniana de 54 anos, presidente da filial de Jericó do Sindicato Geral Palestiniano dos Trabalhadores de Jardins de Infância e Escolas Privadas (GUWKPS), uma organização membro da Internacional da Educação, federação que representa mais de 32 milhões de profissionais da educação de todo o mundo.
Fatima não é apenas uma dirigente sindical, é uma educadora de infância dedicada, com mais de 30 anos de experiência. Ao longo da sua carreira, tem desempenhado um papel crucial na educação das crianças na Cisjordânia, equilibrando as suas responsabilidades profissionais com o seu papel de esposa e mãe. O seu compromisso de longa data com a educação e a sua comunidade reflete-se também no trabalho que desenvolve na liderança do GUWKPS.
Fatima Al-Rimawi foi detida pelas Forças de Defesa de Israel, na sua casa, em janeiro de 2024. Desde então, tem estado detida sem julgamento, na prisão militar Damon para mulheres, perto de Haifa, sem acesso aos cuidados médicos necessários, nem visitas da sua família ou advogado. O impacto da sua prisão repercutiu-se profundamente na sua família, nos seus alunos e na sua comunidade, acarretando profundas consequências pessoais e sociais.
Tal como muitos outros palestinianos na Cisjordânia e em Gaza, Fatima Al-Rimawi foi detida sob a acusação de apoiar o terrorismo, com base em publicações na sua página do Facebook. A prisão de Damon, onde ela e muitas outras mulheres se encontram encarceradas, tem sido alvo de duras críticas por parte de grupos de defesa dos direitos humanos, que há muito vêm denunciando as condições de sobrelotação, a ventilação deficiente, os maus tratos físicos e a alimentação e água inadequadas. Sobreviventes relataram o isolamento implacável da prisão, as humilhações e os insultos que provocam tortura psicológica e emocional.
Estas denúncias vêm ao encontro de relatórios que documentam a violação do direito internacional e dos direitos humanos ao abrigo da terceira Convenção de Genebra. A B'Tselem, uma organização israelita independente, apartidária e premiada de defesa dos direitos humanos, relatou, segundo a BBC, as condições horríveis em que se encontram os detidos palestinianos num relatório recentemente publicado, intitulado “Bem-vindo ao Inferno”, que documenta um sistema em que todos os detidos são deliberadamente sujeitos a “dores duras e implacáveis”. Segundo a B'Tselem, as instalações – militares e civis – são “uma rede de sofrimento, funcionando como campos de tortura de facto”.
Detida há sete meses, o estado de saúde, físico e sociopsicológico, de Fatima Al-Rimawi tem vindo a deteriorar-se. Atualmente, sofre de dores nos pés e de alergias no corpo e não consegue ler, porque não tem acesso a óculos. Não foi possível à família fornecer-lhos, uma vez que todas as visitas estão proibidas.
Fatima é uma ativista social e sindical, uma amante da paz e da liberdade. Considerando inaceitável a detenção prolongada sem julgamento e a violação dos direitos humanos a que tem estado sujeita, a Fenprof solicitou a intervenção do embaixador de Portugal em Israel para que, junto do Governo desse país, dê a conhecer este apelo para que Fatima Nimer Al-Rimawi possa ser de imediato libertada. O mesmo ofício foi enviado ao Ministro dos Negócios Estrangeiros.