23 de outubro de 2024

Cerca de um milhar de trabalhadores científicos desfilaram pela Av. 24 de Julho, em Lisboa, até à Assembleia da República para exigir o fim da precariedade na Ciência e um efetivo reforço do investimento no Ensino Superior e na Ciência, no Orçamento do Estado para 2025 (OE/2025).

Depois da grande manifestação de 2023, os trabalhadores científicos, independentemente do seu tipo de vínculo laboral (contrato de trabalho, contrato de bolsa de investigação ou vínculo pontual), da sua função (investigadores, docentes, técnicos, gestores de ciência e profissionais com funções próximas) ou do seu grau académico (doutorados e não-doutorados), voltaram a sair à rua, pois, como sublinhou "está provado que, sempre que nos unimos, sempre que lutamos juntos, conseguimos ganhos" (Tiago Dias, Fenprof).

A manifestação teve como principal objetivo exigir que o governo, o Ministério da Educação, Ciência e da Inovação, e as instituições de ensino superior e de ciência deem uma resposta efetiva e imediata que ponha fim à precarização dos vínculos que abrangem investigadores, falsos docentes convidados, gestores e comunicadores de ciência e técnicos de investigação.

Os trabalhadores científicos exigiram:

1. a garantia de financiamento consistente para o emprego científico de doutorados;
2. a garantia de um mecanismo permanente de financiamento para a contratação para a carreira de investigação científica;
3. a revogação do Estatuto do Bolseiro de Investigação e a substituição de todas as bolsas por contratos de trabalho;
4. a integração permanente nas carreiras dos trabalhadores que desempenham funções técnicas, de gestão de ciência ou funções próximas;
5. a integração permanente nas carreiras dos falsos docentes convidados;
6. o fim ao subfinanciamento crónico das Instituições de Ensino Superior e de Ciência;
7. a democratização das Instituições de Ensino Superior e Ciência.

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Ver reportagem fotográfica de Jorge Caria

11 de outubro de 2024

Manifestação contra a precariedade na ciência (23/out)

A Fenprof, em conjunto com outras estruturas do setor, vai promover uma manifestação nacional de todos os trabalhadores científicos contra a precariedade na ciência, em Lisboa, no dia 23 de outubro, com início às 14h30. E apela à participação de todos os trabalhadores em ciência, independentemente do vínculo ou da função.

— INSCRIÇÕES —

Mais informações (facebook)

Pré-aviso de greve

Segundo o manifesto, divulgado pelos organizadores, o que está em causa é:

1. a garantia de financiamento consistente para o emprego científico de doutorados;
2. a garantia de um mecanismo permanente de financiamento para a contratação na carreira de investigação científica;
3. a revogação do Estatuto do Bolseiro de Investigação e substituição de todas as bolsas por contratos de trabalho;
4. a integração permanente nas carreiras dos trabalhadores que desempenham funções técnicas, de gestão de ciência e funções próximas;
5. a integração permanente nas carreiras dos falsos docentes convidados;
6. o fim do subfinanciamento crónico das Instituições de Ensino Superior e de Ciência;
7. a democratização das instituições.

A manifestação será procedida por uma concentração no Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), sito na Avenida Infante Santo, passará pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e terminará em frente à Assembleia da República. Para o efeito, será emitido um pré-aviso de greve.

Organização: Fenprof - Federação Nacional dos Professores; ABIC - Associação dos Bolseiros de Investigação Científica; Snesup - Sindicato Nacional do Ensino Superior; Starq - Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia; OTC - Organização dos Trabalhadores Científico; Universidade Comum; Associação de combate à precariedade: Precários Inflexíveis; Investigadores da FCUL; ITQB Post Doctoral Association; Núcleo de Investigadores da NOVA-FCT (SciNOVA-FCT); Núcleo de Investigadores do Instituto Superior Técnico (NInTec); Núcleo de Investigador@s e Gestor@s de Ciência da NOVA FCSH.