SPN/Newsletter — Em jeito de apresentação

9 de abril de 2020

SPN/Newsletter n.º 1

Car@ sóci@ do SPN,

Iniciamos hoje o envio de uma newsletter, que manteremos enquanto o SPN não retomar o atendimento presencial na sede e delegações, na qual destacamos, a partir do nosso site, alguns dos assuntos mais recentes e relevantes no plano da educação.

O mais recente destes destaques prende-se com o anúncio do Governo sobre como vai decorrer o terceiro período letivo.  Uma clarificação que tardava – a previsibilidade é fundamental para a planificação do trabalho dos professores e das escolas –, e justifica uma referência especial neste texto de apresentação.

Tendo em conta o grave problema de saúde pública que enfrentamos, manter as escolas encerradas é uma decisão prudente.  A não realização de avaliações externas no ensino básico era também, no contexto atual, inevitável. Da mesma forma, a excecionalidade deste ano letivo obriga a que a ponderação sobre uma eventual reabertura de atividades presenciais no ensino secundário se baseie nos dados e avaliações dos especialistas e tenha em linha de conta a especificidade do trabalho letivo e a organização dos espaços escolares. A abertura ou encerramento de escolas neste contexto pandémico não constitui apenas uma questão de saúde e segurança para os alunos, professores e funcionários, mas uma questão de saúde pública para a comunidade e as famílias que cada escola serve. 

Face aos constrangimentos que o combate à pandemia nos impõe, os professores continuarão a desenvolver as alternativas possíveis de interação com os seus alunos, conscientes da importância do seu trabalho para as crianças e jovens com quem, e para quem, quotidianamente trabalham. E fá-lo-ão com o mesmo empenho e profissionalismo que demostraram nas últimas semanas do 2º período, mesmo sabendo que são soluções de recurso, que não poderão substituir algo que é central no processo de ensino aprendizagem: a presença física de professores e alunos.

Cabe ao Ministério da Educação a responsabilidade de assegurar um mínimo de equidade na resposta educativa, garantindo a universalidade das respostas em todo o território nacional. A educação é um direito que a escola pública tem de garantir a todos e essa é uma exigência ainda mais premente em tempo de crise, em que os mais vulneráveis são os primeiros a ser atingidos.

Sobre as nossas vidas pairam hoje incertezas e ameaças várias, parecendo ainda muito distante o controlo da pandemia e o regresso à atividade de todos os setores necessários à nossa subsistência económica coletiva.  

Com tantos desafios difíceis pela frente, desejo a tod@s muita saúde e energia positiva para os superar.

 

Manuela Mendonça

Coordenadora do SPN

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